Dr. Claudio M. Martins

Artigos

Alcoolismo: processo de doença



Estudos mostram que embora o estresse não determine o alcoolismo, os indivíduos submetidos a situações estressantes, para as quais não encontram alternativas de solução, tornam-se mais vulneráveis a se tornarem alcoólatras pela ação relaxante e tranqüilizante que o álcool proporciona, semelhante ao dos medicamentos ansiolíticos. O problema é que o álcool tem muito mais efeitos colaterais que esses medicamentos
 
Riscos de criar dependência        
O uso de bebidas alcoólicas é tão antigo quanto a própria humanidade. Beber moderada e esporadicamente faz parte dos hábitos de diversas sociedades. Determinar o limite entre o beber socialmente e o alcoolismo (síndrome de dependência do álcool) é por vezes difícil de ser determinado. O problema se torna evidente quando o indivíduo passa a consumir bebidas alcoólicas diariamente. Já existe uma estimativa de que a pessoa corre sério risco de desenvolver cirrose hepática se beber 80 gramas de álcool por dia (equivalente a três cervejas e meia ou uma dose de destilado), durante aproximadamente 10 anos. A mulher, que é mais sensível e corre o mesmo risco com metade dessa dose.

A dependência se manifesta através da modificação no comportamento do indivíduo, tais como: falta de diálogo com o cônjuge, freqüentes explosões temperamentais, perda do interesse na relação conjugal, comportamento irritável, habituais faltas ao trabalho sem justificativa plausível e ocorrência de acidentes automobilísticos. Tais situações indicam o sinal de alerta de que o indivíduo já perdeu o controle da bebida e pode estar travando uma luta solitária para diminuir o consumo do álcool, embora na maioria dos casos as iniciativas pessoais resultem em fracassos.

Estratégias de tratamento
O tratamento do alcoolismo é bastante complexo e depende do tipo de quadro que o paciente apresenta. Em termos genéricos, o primeiro passo é a motivação do paciente. Também essa motivação para mudança do comportamento vai depender essencialmente de um trabalho profissional do médico para atingir esse objetivo. Dessa maneira não se podem classificar os pacientes em motivados, onde o tratamento se aplica, e não motivados, em que nada se pode fazer. Ao contrário, existem vários estágios entre esses dois extremos e o papel do médico psiquiatra é ajudar o paciente a se motivar ao tratamento, ou seja, induzi-lo a querer tratar-se, vez que a vontade de parar é o primeiro passo importante para o tratamento. Isso só é possível com o entendimento do processo de mudança que começa com o estado de pré-contemplação, no qual o paciente ainda não reconhece os problemas que a bebida lhe causa e não planeja mudar seu comportamento.

Data: 14/02/2006 - 15:44
Autor:: Dr. Cláudio M. Martins (Mestre em psiquiatria)


Artigos

16/07/2015 -O desafio das drogas e o consumo nas ruas
19/12/2011 -Desejo
20/06/2011 -Sexualidade ao envelhecer
16/05/2011 -Que mundo é este em que doentes mentais ficam nas ruas e nas prisões?*
05/04/2011 -Entrevista com Dr. Cláudio Meneghello Martins, coordenador da VIII JORNADA CELPCYRO SOBRE SAÚDE MENTAL.
27/07/2009 -VI Jornada Cyro Martins sobre Saúde Mental :Transtorno Mental e Capacidade Criativa Desde 2004, no mês de agosto, o Centro de Estudos de Literatura e Psicanálise Cyro Martins (CELPCYRO) vem promovendo Jornadas sobre S
Ver mais...
Rua Tobias da Silva, 99 cj. 501
Moinhos de Vento - Porto Alegre - RS
(51) 3222-6525
replica watches sale rolex replica uk rolex replica sale